José Cláudio Noronha não tem nível de
escolaridade superior, mas, arranjaram-lhe um diploma falso que afirmava ter
concluído com sucesso Bacharelado em Administração de Empresas.
Aloízio Mercadante, também tem
afirmações de ser doutor, mas não tem o título. Segundo Reinaldo Azevedo
(Revista Veja): “ele até acompanhou algumas aulas do doutorado, mas, como não
apresentou a tese, foi desligado do programa”, logo, não é doutor.
Um currículo de Dilma afirma que é mestre
e doutora, mas, segundo ela mesma, não defendeu tese. Mais uma vez, Reinaldo
Azevedo (Revista Veja) registra: “fez os créditos dos dois cursos, mas sem a
apresentação do trabalho. Sem trabalhos, não há títulos”.
Pessoas que registraram ter um título
que não galgaram honestamente, depois de questionadas, apresentam as desculpas
mais esfarrapadas, por exemplo: “digitaram errado no meu currículo”, “eu mesmo
digitei uma coisa e saiu outra no currículo”, “mas, eu fiz um curso no exterior
que vale um pós-doutorado” e outros, nem apresentam desculpas.
Quem pensa que este tipo de embuste
está restrito a estas esferas governamentais reveja seus conceitos. Atitudes
assim refletem um tipo de caráter que, infelizmente, está inserido na sociedade
como um todo, inclusive nas universidades.
E a Dança de Salão não escapou. Em
2007 notei no site de uma grande universidade pública do Paraná informações
curriculares de uma professora de Dança de Salão curitibana que ministraria uma
oficina em um dos eventos mais importantes da instituição e afirmava ser “mestre
em educação”. Mas, notoriamente sabe-se que nem uma matrícula neste curso havia
existido. Na época, informei a universidade sobre o equívoco na informação,
recebi a resposta de que foi um erro de digitação, mas, a página daquele evento
está no ar até hoje e o título continua sem existir.
Não foi o único caso, em 2010 ouvi pessoalmente outra professora de Dança de Salão curitibana proferir em público que era pós-graduada em Dança de Salão, mas, não tinha o título porque não escreveu a monografia obrigatória para sua obtenção. Seu nome não constava na listagem de formados de nenhuma das turmas e, naturalmente, sua monografia não foi disponibilizada pela biblioteca da instituição como a de todos os formados.
Não foi o único caso, em 2010 ouvi pessoalmente outra professora de Dança de Salão curitibana proferir em público que era pós-graduada em Dança de Salão, mas, não tinha o título porque não escreveu a monografia obrigatória para sua obtenção. Seu nome não constava na listagem de formados de nenhuma das turmas e, naturalmente, sua monografia não foi disponibilizada pela biblioteca da instituição como a de todos os formados.
Será que alguém pensa que quem é capaz
de mentir sobre uma informação como esta não o fará por outras razões?
Talvez por isto vejamos tantos mestres
e doutores, hoje, que nunca produziram efetivamente nada substancial. Quando muito aparecem
em meio a uma miríade de outros autores de um artigo científico, sem nunca serem o
primeiro autor. Para quem conhece os acordos de cabides de autores em artigos isto não surpreende. Mas, quando lemos o que de
fato escrevem, percebemos que não dominam nem a base da língua, quanto mais a ciência. Também sabem pouco sobre respeitar quem trabalha de verdade.
O que traz serenidade é saber: existem
raros e sérios profissionais autênticos em todas as áreas que, tendo ou não títulos verdadeiros, com ou sem
fama, continuam fazendo a diferença. Eles fazem a História real, que fica,
acontecer. Os outros, esforçam-se para mostrar sua história fantasiosa que
sumirá no tempo.
Fontes:
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