9 de dezembro de 2011

A dança de salão é heterossexual

O último artigo que publiquei na Revista Dança em Pauta, discute a questão da natureza heterossexual da dança de salão e sua relação com a vida pessoal do dançarino.

Confira em: http://www.dancaempauta.com.br/site/artigo/a-heterossexualidade-da-danca-de-salao/

Figura 1 - Captura de tela do artigo "A heterossexualidade da dança de salão"
FONTE: Revista Dança em Pauta, em 9 de dezembro de 2011.

16 de novembro de 2011

Pesquisa em dança de salão é referência

Figura 1 - Captura de tela do trecho que cita o trabalho "Dança de salão: um panorama
sobre a produção de trabalhos acadêmicos" como referência.
NOTA: Acesso em 16 de novembro de 2011.


Entre o final do ano de 2010 e o início de 2011 publiquei 5 estudos científicos pioneiros, análise da produção textual brasileira na área de dança de salão. Um dos estudos analisou trabalhos acadêmicos. Foi publicado em fevereiro de 2011. Em agosto de 2011 este estudo foi utilizado como referência por outra pesquisadora, veja na Figura 1.

A autora é Evelize Dorneles Minuzzi, Mestranda do Curso de Pós-Graduação em Educação Física, ESEF/ Universidade Federal de Pelotas, bolsista CAPES e o trabalho intitula-se: “A dança de salão no compasso do lazer: um passo bem conduzido”.

Lembro que estes cinco artigos aos quais me referi, foram motivados durante a pós-graduação da área de danças de salão, mantida pela FAMEC (Faculdade Metropolitana de Curitiba) e coordenada por Gracinha Araújo. Portanto, é sucesso do curso também.

Confira os artigos em:
http://www.efdeportes.com/efd159/a-danca-de-salao-no-compasso-do-lazer.htm
http://www.efdeportes.com/efd153/danca-de-salao-producao-de-trabalhos-academicos.htm

7 de novembro de 2011

200 anos de dança de salão no Brasil

Figura 1 - Capa do livro "200 anos de dança de salão no Brasil"

Há poucos meses ocorreu um grande movimento em comemoração aos 200 anos de dança de salão no Brasil. Mas, talvez a produção mais perene seja o livro sobre este tema que teve seu primeiro volume lançado no Rio de Janeiro. A obra é composta por uma coletânea de artigos dos mais diversos estilos de redação, versando sobre variados assuntos relacionados à área. Os autores são nomes importantes da dança de salão nacional que incluem: Jomar Mesquita, Teresa Drummond, Rachel de Mesquita, Cristovão Christianis e Katiusca Dickow, Ney Homero da Silva Rocha entre outros. O livro foi organizado por Marco Antonio Perna, que contribuiu ainda com seus textos impecáveis.

Para quem gosta de acompanhar a caminhada da dança de salão rumo a construção dos registros escritos, é uma leitura excelente.

Veja mais detalhes em: http://www.pluhma.com/loja/livros.danca

3 de outubro de 2011

Dez anos do livro “Samba de Gafieira, a História da dança de salão brasileira”

Este ano há uma comemoração importante para a dança de salão brasileira. Completa uma década um dos livros mais importantes na área: “Samba da Gafieira, a História da dança de salão brasileira”*, que teve sua primeira edição publicada no Rio de Janeiro em 2001. O autor, Marco Antonio Perna, amigo pessoal de longa data, fez uma pesquisa valiosa para esta obra. Até hoje, não se produziu trabalho semelhante. Por isto, encaminhei para o Jornal Falando de Dança do Rio de Janeiro, um artigo com algumas discussões a cerca deste marco importante de 2011.

Confira, na página 4: http://falandodedanca.blogspot.com/.

Figura 02 – Capa do Jornal Falando de Dança do
Rio de Janeiro Edição nº 49. Ano IV. Out. 2011.

*O livro pode ser adquirido em: http://www.pluhma.com/loja/livros.danca

28 de setembro de 2011

Um toque de infidelidade

Este mês enviei para revista Dança em Pauta um artigo comentando um trecho do filme “Um toque de infidelidade”. Aqui, você confere o artigo original na íntegra. Na revista você pode ver os links dos trechos do filme: http://www.dancaempauta.com.br/site/ver-e-ouvir/um-toque-de-infidelidade/.

Figura 01 - Captura de tela referente à publicação sobre o filme    "Um toque de infidelidade",
de Maristela Zamoner
    Fonte: Revista Dança em Pauta

Um toque de infidelidade


Em 1989 a Paramount Pictures lança no cinema o filme “Um toque de infidelidade”, intitulado originalmente de “Cousins”, dirigido por Joel Schumacher e produzido por William Allyn. Foi estrelado por Isabella Rossellini, Ted Danson, Sean Young e William Peteresen nos papéis principais. O filme é uma refilmagem de “Primo, Prima”, de 1975. Conta a história de Maria e Larry, que se conhecem na recepção do casamento entre a mãe dela e o tio dele. Nesta festa, inicia-se um caso amoroso entre os cônjuges dos protagonistas, que não passa desapercebido por ninguém. Incomodados com o caso dos seus cônjuges, Larry e Maria aproximam-se tentando dar a impressão de que também estavam tendo um caso, o que desemboca em um romance real entre ambos.
Apesar de ser antigo, vale a pena revê-lo, se não pelo enredo, por ter uma bela fotografia e uma trilha sonora fantástica.
Mas, o que realmente marcou minha memória, foi uma cena de menos de 20 segundos, aproximadamente aos 27 minutos do filme, em que Ted Danson (Larry), dança um cha-cha-cha com Lorraine Butler (Ms. Greenblatt). Larry é um homem esbelto e elegante, que buscava a felicidade e para tal, trocava seqüencialmente de empregos. No momento em que se passa o filme, ele atua ministrando aulas de danças de salão, o que, segundo ele, o permite ser feliz. Como professor, aparece conduzindo uma aula para terceira idade, em um clima agradabilíssimo, construído sobre tons claros característicos do espírito daquele momento. Em determinado ponto, ele interrompe a aula no intuito de mostrar como é o cha-cha-cha e convida para uma demonstração Misses Greenbaltt (Lorraine Butler), sua ajudante:

Oh. My God. No. No. No.
Let me show you one more time.
One more time. Everybody.
Mrs. Greenblatt…

Misses Greenbaltt, com bela postura e elegância, dirige-se ao centro da sala de dança. Ambos dançam brevemente com uma leveza impressionante e ao final, o professor olha para a dama e se pronuncia:

You look marvelous.
Magnificent. A thing of beauty.
Thank you. Thank you.
Okay. That's it. Time's up. Everybody.
Practice. Practice. Practice. Yes. Practice.
Practice. Practice.

É uma cena que deve ter passado desapercebida pela maioria das pessoas que assistem a esta produção envolvidas em seu enredo. Não é um destes filmes de dança que tanto chamam a atenção trazendo histórias românticas pasteurizadas pelo envolvimento entre os dançarinos, seja entre professor(a) e aluno(a) ou não. É uma cena mais real, característica da maioria das salas de aula de danças de salão para terceira idade que estão espalhadas pelo mundo. Na época em que assisti este filme a primeira vez, nem havia iniciado minhas aulas de dança de salão, mas, o fato é que o vi há mais de 20 anos e esta foi a cena que ficou marcada em minha memória.
Com esta lembrança permanente, resolvi rever o filme apreciando novamente aquela cena em especial, revivi a mesma sensação, de indescritível leveza. Busquei informações, especialmente sobre a dama chamada pelo professor para demonstrar, a atriz Lorraine Butler. Não foi possível encontrar muitos dados sobre esta dama/atriz, pude saber apenas que teria nascido em Melbourne, Austrália, atuado em apenas pouquíssimos filmes com papéis secundários e seguido carreira em cassinos, teatros, restaurantes, hotéis e, nos últimos anos, ensinando voz e performance.
Talvez alguns possam se perguntar o que será que havia de tão fantástico naqueles 20 segundos. Bem, para a maioria das pessoas deve ser mesmo uma cena banal, mas, para mim, marcou a memória, conservando um frescor único. Uma cena de beleza incrível, quem sabe, porque se tratava de uma dama notavelmente fora dos padrões de beleza aceitos pela sociedade.

19 de agosto de 2011

Coluna "Dança & Comportamento" - Revista Dança em Pauta

Há mais de um ano, antes de ser inaugurada a Revista Dança em Pauta, maior revista brasileira de Dança de Salão (www.dancaempauta.com.br - Imagem 1), fui convidada por sua editora, Keyla Barros, a assumir a coluna “Dança & Comportamento”. Desde então, tenho contribuído mensalmente com artigos, o que tem sido uma experiência muito interessante. Este mês abri o espaço deste blog, por esta razão, solicitei a redução da freqüência mensal dos artigos que envio, o que foi bem recebido uma vez que a redução da periodicidade de todas as colunas já vinha sendo estudada pelos editores. De qualquer forma, minhas contribuições para a Revista Dança em Pauta continuarão, agora, com uma freqüência bimestral.

Imagem 1 - Página de abertura da Revista Dança em Pauta

14 de agosto de 2011

Festival de Joinville - Ritmos a Dois

No último dia 21 de julho estive em Joinville ministrando a palestra: Etiqueta no Salão, a convite dos organizadores do evento Ritmos a Dois que integra o Festival de Joinville, um dos maiores e mais consagrados festivais de dança do Brasil e do mundo, patrocinado pelo Banco Itaú (http://ritmosadois.com.br/blog/about/).
Fui muito bem recebida pela Jucimara e pelo Kênio que, corajosamente, aceitaram o desafio de organizar o Ritmos a Dois. Fiquei surpresa com os desdobramentos desta palestra que acabaram por motivar-me a novas produções para dança de salão, nos próximos meses trarei novidades.
Deixo aqui meus parabéns pela organização e pela iniciativa brilhante de acrescentar conhecimento a este evento tão importante.


Foto 1 - Palestra Professora Maristela Zamoner -
Ritmos a Dois, 2011
Foto: Jucimara Sequinel




Foto 2 - Palestra Professora Maristela Zamoner -
Ritmos a Dois, 2011
Foto: Fabrizio Motta

9 de agosto de 2011

O Bolero e sua história

Este mês tive o prazer de publicar um artigo científico sobre o bolero, em co-autoria com  Cristovão Christianis (http://www.cristovaoekatiusca.com/).

O desenvolvimento de todo trabalho, que abarcou alguns anos, foi surpreendente para mim. Trabalhar em parceria, geralmente, é uma tarefa difícil, mas, com Cristovão, foi muito produtivo e agradável.

Tive o privilégio de conhecê-lo durante a pós-graduação em dança de salão, quando ministrou o módulo de Danças Brasileiras. Nesta ocasião, como docente, ele colocou a proposta de pesquisa em sala de aula. O que seria um trabalho simples acabou tomando vulto, então, convidei-o à co-autoria para publicação como artigo científico. As discussões que tivemos (integralmente via skype e e-mails), resultaram em um trabalho consistente e ímpar até o momento.

O que motivou a produção foi a ausência de explicação satisfatória a respeito da relação histórica entre os boleros primogênitos, supostamente europeus, de compasso ternário e os boleros latino-americanos, de compasso binário ou quaternário. Nosso artigo apresenta uma possível explicação para tal questão que se apresenta na história desta dança encantadora.

O processo vivido até o momento da publicação nos oportunizou um crescimento significativo devido à quantidade de bibliografias exploradas e aos profícuos debates skypeanos que tivemos.

Registro aqui meu agradecimento a este grande profissional, que trouxe direcionamentos decisivos para qualidade final deste trabalho que foi, até o momento, a produção em co-autoria mais produtiva da qual pude participar.

Para conferir:

5 de agosto de 2011

Produção textual em dança de salão

 
Nenhum dançarino é suficientemente bom sem sólida base de saberes teóricos. Há muito que se discute o fato de que sem conhecimento teórico a pragmática da dança de salão esvazia-se de sentido. O inverso é verdadeiro, o teórico que nunca desfrutou plenamente da vivência, não tem como entender sobre o que lê ou escreve.  

Então, o dançarino que não tem conteúdo teórico acaba por fazer o papel de realizar movimentos sem noção de seu significado técnico-sócio-histórico, resumindo-se a um mero executador desprovido de acervo para pensar sua própria dança.

Em se tratando de professores e coreógrafos, a gravidade é maior, implicando até mesmo em risco para a integridade psicológica e física da pessoa que trabalha, sem falar que sua função em muito assemelha-se a de um recreacionista.

Esta consciência tem provocado um crescimento quantitativo e qualitativo da produção de textos sobre dança de salão. Hoje, esta arte já é tema abordado em livros, artigos científicos, textos informais, produções acadêmicas e trabalhos para eventos.

Reunir estes materiais para concentrar as possibilidades de aprofundar o conhecimento ainda é um desafio. Uma das razões reside na questão do uso, ainda pouco explorado, dos indexadores ou outras estratégias de aglutinação de tais fontes.

O propósito deste espaço é disponibilizar artigos novos e indicações das mais variadas referências bibliográficas para auxiliar alunos, dançarinos, pesquisadores e escritores dedicados à dança de salão, a ampliarem seu rol de leituras.

Indicações de outros trabalhos são bem vindas e podem ser encaminhadas pelo e-mail: maristela.zamoner@gmail.com.

Em breve traremos os primeiros artigos.

Sejam bem vindos a apreciar a construção formal do conhecimento em dança de salão!