13 de dezembro de 2012

Zouk e educação

Recentemente li um trabalho que discute a questão do Zouk na educação formal e não formal. É mais um texto que pode ser útil como referência bibliográfica. O título do artigo é "O Zouk como estratégia para a mediação da dança no ensino formal e não formal", publicado no número 170 de 2012 da revista científica EFdeportes, Buenos Aires, Argentina. 

As autoras são: 

Paula Carolina Teixeira Marroni e 
Marisa Feijó.




Confira em:
http://www.efdeportes.com/efd170/o-zouk-como-danca-no-ensino-formal.htm

19 de outubro de 2012

Vania Andreassi, autoridade em Tango

Há mais de 10 anos, quando um repórter da Gazeta do Povo (Curitiba, Paraná) me pediu para falar de tango, não pude aventurar-me por falta de conhecimento e vivência nesta dança, indiquei Vania Andreassi. Hoje, faria o mesmo. Considero-a uma autoridade nesta área, uma referência, com uma experiência digna de respeito.

É uma profissional que conhece muitos tangos, de palcos e de salões, de Brasis e de Argentinas. Formada em Dança, dançarina premiada, professora, palestrante, organizadora de eventos, de programas de rádio e televisão entre tantas outras raridades. Sua contribuição, compartilhando com o público a a vasta experiência que adquiriu, é valiosa.

Conheça um pouquinho de seu trabalho assistindo aos vídeos abaixo, que trazem aspectos importantes sobre orquestras de tango, a poesia da dança (Lunfardo), o abraço, o que é importante para quem ensina, tópicos sobre prática social e palco, a emoção da dança, e sobre a própria Vania Andreassi.

18 de outubro de 2012

Sobre “Pequenos passos, grande saúde”


Desde o lançamento da revista Dança em Pauta, acompanho as publicações. 


Uma das colunas mais interessantes do periódico dedica-se a um tema de importância indiscutível: “Dança e Saúde”. A autora da coluna é Izabela Lucchese Gavioli, médica, especialista em Reumatologia e Medicina do Esporte, mestranda em Artes Cênicas, atuante e estudiosa sobre os benefícios que a dança pode trazer e também as lesões decorrentes dela. 


Seus artigos apresentam assuntos pouco ou nada abordados pela literatura tradicional. Ontem foi publicado em sua coluna o texto “Pequenos passos, grande saúde”. Com muita qualidade, como é o padrão da autora, abordou questões seríssimas sobre a saúde infantil na sociedade contemporânea e algumas das contribuições que podem ser dadas pela prática da Dança de Salão. Vejo a publicação também como um raro registro a respeito dos problemas que podem haver no trabalho com crianças, quando feito por pessoas sem formação e que desconhecem noções sobre o corpo humano e seu desenvolvimento. Todos os profissionais que trabalham com crianças deveriam “estudar” o texto de Izabela e refletir sobre cada uma de suas ações. Muitos dos danos provocados por profissionais despreparados seriam evitados, se a pragmática da leitura de materiais deste gabarito fosse uma realidade. 


Deixo aqui meus parabéns à autora que nos brinda ainda, com a coragem de tecer crítica à prática de passos aéreos em salões, que para muitos ainda é razão de fúria, provocando defesas emocionadas, às vezes até desprovidas de lógica.


Confira em: http://www.dancaempauta.com.br/site/artigo/pequenos-passos-grande-saude/

14 de outubro de 2012

‘Um baile no Cassino’ x ‘Un baile en la Casa de Gobierno’: indícios de uma fraude

No dia 30 de agosto deste ano postei neste blog as primeiras descobertas sobre uma imagem com características de fraude, publicada como sendo o Cassino Fluminense, no livro "Salões e Damas do Segundo Reinado", de Wanderley Pinho. Nesta postagem informei que disponibilizaria um artigo mais detalhado. Desta forma, as investigações que se seguiram foram organizadas e estão disponíveis no artigo científico "‘Um baile no Cassino’ x ‘Un baile en la Casa de Gobierno’: indícios de uma fraude", disponível em: http://www.efdeportes.com/efd173/um-baile-no-cassino-indicios-de-uma-fraude.htm.

11 de outubro de 2012

Dança de Salão e o dia criança

Outubro é um mês particularmente especial e uma das razões é que inclui o dia da criança. Inspirada por esta  circunstância e por sugestão da editora Keyla Barros da revista Dança em Pauta, publico o artigo: "A aventura infantil na Dança de Salão" (confira em: http://www.dancaempauta.com.br/site/artigo/a-aventura-infantil-na-danca-de-salao/). Este artigo traz uma pitada das experiências que vivi durante anos com o ensino da Dança de Salão no contra turno da Educação Básica, em instituições de ensino públicas e particulares. Oportunizar a vivência desta arte à crianças, adolescentes e jovens, de forma responsável, é uma grande aventura que resulta em surpresas incríveis, marcantes e que nos permitem sentir o que é participar da sociedade de forma efetiva.

14 de setembro de 2012

Roubo intelectual


Admito que hoje, irritei-me profundamente. No mesmo dia, deparo-me com um livro que jamais deveria ter sido publicado e uma criança, de doze anos, dizendo que não precisa autorização para publicar fotos, sem fonte, que não são suas, em seu blog, porque todos fazem isto. Sem falar que nas semanas anteriores perdi horas de meu tempo livre investigando um desenho que se dizia ser do salão de danças do Cassino Fluminense, mas, era uma fraude, pois tratava-se de uma imagem adulterada do pátio de um palácio chileno onde ocorria um baile. Isto, em um livro cuja primeira edição data de 1942.

Recentemente, Marco Antonio Perna publicou um artigo intitulado “Plágio ou colagem? Em textos de dança de salão”, no Jornal Falando de Dança, de setembro, edição 60, página 8. Ele fez referência a um livro repleto de erros, plágios e colagens. Hoje, tive acesso a este livro e fiquei chocada, pior do que imaginei. Além de muitos desacertos, constatei cópias exatas de textos de outras obras, algumas com citação, outras sem e outras ainda, com a fonte errada. Sem falar em frases com significado diverso do constante no que foi apontado como fonte. A leitura do livro revela, por si só, este novo modo de “escrever”, a cada parágrafo, ou frase, um estilo linguístico diferente.

Infelizmente, este tipo de obra tem se multiplicado. Mas, acredito que a própria internet trará, com o tempo, mecanismos para barrar este tipo de conduta injusta e sorrateira. Imagino que um dia, por exemplo, quando o plágio de um texto, ou do que for, tornar-se público, terá um link automático para a publicação original, mostrando claramente ser uma cópia.

Em algum momento, a humanidade terá que entender uma coisa simples: plagiar é, primeiramente, imoral, depois, conforme o país, crime, afinal é uma forma de roubar para si o que não é seu. O dia que esta consciência houver nos adultos, nossas crianças, que hoje já estão criando seus blogs, não dirão por aí, com base em fartos exemplos, que, para copiar sem nem indicar a fonte “não precisa autorização, todo mundo faz isto”. 

Então, vai uma dica para o leitor saber se está lendo um livro ou outro material plagiado. Abra o Google, no campo de busca digite uma frase do material que está lendo, em seguida, “enter” e observe o resultado. Faça isto com várias frases e note se houve cópia, se foram feitas alterações cosméticas ou se o texto não está na internet. Se encontrar alguma coincidência de texto, verifique a autoria e a data, que revelarão qual é plágio. O mesmo vale para figuras, digite os dados que tem disponíveis sobre ela e use o buscador de imagens do Google.

Claro, isto é uma dica básica, que tem funcionado muito bem, inclusive para professores e pais verificarem trabalhos escolares ou blogs plagiados e, desde cedo, ensinarem a seus alunos e filhos alguns valores básicos de um ser humano íntegro.

A dica para os plagiadores é que se cuidem, repensem seus atos e mudem. Se não por tomada de consciência, porque dia a dia a tecnologia aumenta as chances de experimentarem situações vexatórias e terem dissabores com a lei.

13 de setembro de 2012

Conceitos e definições para Dança de Salão


É sabido que a cientificidade de uma área exige o uso de uma terminologia que não seja ambígua, de denominações plurivalentes e múltiplas, nem utilize termos homônimos, polissêmicos e sinônimos. Entretanto, na área da Dança de Salão, esta base não está estabelecida, inviabilizando a segurança de seu ensino, a precisão e unicidade da comunicação profissional.

Mês passado publiquei o artigo “Dança de salão, uma análise das referências bibliográficas utilizadas na produção científica” (http://www.efdeportes.com/efd171/danca-de-salao-na-producao-cientifica.htmregistrando o fato de que, por exemplo, um mesmo termo é utilizado para conceitos distintos.

Para iniciar, com alguma consistência, o enfrentamento desta questão, trago algumas propostas no artigo: “Conceitos e definição de Dança de Salão” (http://www.efdeportes.com/efd172/conceitos-e-definicao-de-danca-de-salao.htm). Este trabalho traz uma retomada histórica focada no que caracteriza a Dança de Salão, uma proposta de definição e sua comparação com modalidades adjacentes para as quais são sugeridos conceitos.

30 de agosto de 2012

Imagem do Cassino Fluminense é uma FRAUDE

Nestas últimas semanas fiz uma descoberta realmente interessante ao pesquisar sobre salões de dança. Retomando o livro “Salões e Damas do Segundo Reinado”, de Wanderley Pinho, porque estava intrigada com uma imagem do Cassino Fluminense, notei algo simplesmente incrível.

No livro de Pinho consta, na legenda da referida imagem: “Um baile no Cassino. Litografia da época. A legenda diz erradamente 'Casa del Gobierno'", sem autor, sem data e sem fonte. Ao pesquisar mais profundamente a origem desta obra, descobri que encontra-se no Atlas de la historia física y política de Chile, publicado por Claude Gay, em 1854. Trata-se da foto de uma obra de arte datada de 1826 do pintor F. Lehnert, ambientada no Palácio de La Moneda no Chile, em comemoração do aniversário da independência deste país, que ocorrera em 1818. O Cassino Fluminense foi inaugurado só em 1845. A imagem que consta no livro de Pinho é uma foto da página do atlas onde está a obra de Lehnert.

A figura foi grosseiramente alterada, o título foi excluído, as inscrições existentes no salão, entre o primeiro e o segundo balcões, foram pintadas, provavelmente à mão, de forma a impedirem a leitura dos nomes das batalhas que levaram o Chile à independência e as bandeiras do Chile, penduradas por todo o salão, foram descaracterizadas. Ou seja, o que identificaria a imagem como chilena foi escondido por adulterações sorrateiras.

Não vejo como descobrir quem fez tal insanidade. José Wanderley de Araújo Pinho, o autor do livro, foi historiador e político, chegou a ser prefeito de Salvador, deputado, talvez tenha solicitado uma imagem do Cassino Fluminense a um assessor que teria cometido o crime ou, obtido a imagem já modificada. 

O responsável por isto acreditou que jamais alguém descobriria tratar-se de uma página corrompida de um atlas chileno. Afinal, a primeira edição do livro de Pinho data de 1942 e, provavelmente desde então, esta imagem tem sido aceita como sendo do Cassino, até mesmo pelos cariocas. Assim, foi reproduzida em outras obras como trabalhos acadêmicos e livros de respeitáveis autores, sérios, que pesquisam em produções consolidadas na literatura, como é o caso de "Salões e Damas do Segundo Reinado", com edições de 1942 a 2004.

Mas, veio a internet e cada dia fica mais fácil flagrar este tipo de embuste, coisa que, há 10 anos, não seria possível pois, para obter informações dependíamos da leitura de livros como este, do Pinho, teoricamente, acima de qualquer suspeita.

Gosto de pensar que toda a pesquisa desonesta um dia é desmascarada. Que textos escritos por uma pessoa e publicados em nome de outra serão flagrados, que plágios serão escancarados, colagens serão expostas. Talvez, muitas corrupções passem impunes pela história, mas, cada uma que é descoberta torna-se uma vitória da verdade.

Em breve publicarei um texto completo com mais detalhes sobre esta fraude histórica que, agora, foi desmascarada.


Figura 1 - Imagem do Atlas de la historia física y política de Chile, publicado por Claude Gay, em 1854. Pintura de 1826 do pintor F. Lehnert, em comemoração do aniversário da independência do Chile, que ocorrera em 1818.
http://www.memoriachilena.cl/602/w3-article-98717.html




Figura 2 - Foto do livro "Salões e Damas do Segundo Reinado", de Wanderley Pinho, edição de 1970, mostrando a página com a suposta imagem de um Baile no Cassino.
Fonte: A autora, foto tirada em 30 de agosto de 2012.


9 de agosto de 2012

Samba de Gafieira X Samba Fankeado

O primeiro artigo do Volume 2 da obra "200 anos de dança de salão no Brasil", intitulado "Samba de Gafieira X Samba Fankeado", trata de uma questão terminológica e conceitual. 
O autor, Marco Antônio Perna, aborda algumas questões históricas como por exemplo, a razão pela qual o Samba, no salão, é de Gafieira, e os motivos pelos quais recebeu tal denominação. O artigo, como o padrão do autor, muito bem escrito, traz à pauta, novamente, problemas relacionados à terminologias e seus conceitos, deixando clara a necessidade de que cada termo tenha uma conceituação ou definição própria no âmbito da Dança de Salão. Vale a pena ler.

6 de agosto de 2012

Marco A. Perna lança mais dois volumes da obra por ele organizada, 200 anos de dança de salão no Brasil


Recebi há dois dias os volumes 2 e 3 desta importante obra. Os livros estão muito bem organizados e contam com autores que apresentaram trabalhos de excelente qualidade. Nos próximos dias comentarei alguns artigos.

Confira em: http://www.pluhma.com/loja/livros.danca 

2 de agosto de 2012

Dissertação de mestrado traz estudo sobre o Zouk

Este ano foi concluída mais uma dissertação de mestrado: “Dança Zouk: trajetórias do aprendiz”, autoria de Isabel Costa Willadino, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Educação, Programa de Pós-graduação em Educação. A pesquisa de 169 páginas objetivou descrever e estudar a orientação do aprendiz a partir da atuação do professor, contando com 23 adultos iniciantes entre 19 e 61 anos de idade. A autora apontou 66 referências bibliográficas em sua pesquisa, 12 sobre dança de salão e 17 sobre outras modalidades de dança. 


Entre elas destaco:


Perna, Marco Antonio. Samba de Gafieira: a história da dança de salão brasileira. Rio de Janeiro: O autor, 2001.
Ruthes, Sandra. Música para Dança de Salão. Curitiba. Protexto, 2007.
Zamoner, Maristela. Dança de salão: a caminho da licenciatura. Curitiba. Protexto, 2005.
Zamoner, Maristela. Sexo e Dança de Salão. Curitiba. Protexto, 2007.


Confira em: https://www.repositorioceme.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/49841/000850593.pdf?sequence=1

30 de julho de 2012

Bibliografias utilizadas na pesquisa em Dança de Salão


Em uma das várias trocas de e-mails com o colega Marco Antônio Perna, surgiu-nos a dúvida sobre a literatura de Dança de Salão mais utilizada na pesquisa científica da área. Esta curiosidade levou-me a uma investigação que foi publicada ontem. Destaco das conclusões:

 

·         O livro mais citado é “Samba de Gafieira, a história da Dança de Salão Brasileira”, de Marco Antonio Perna, cuja primeira edição é de 2001 e a segunda de 2005. Em segundo lugar, um livro cujo público alvo é muito mais restrito, professores: “Dança de Salão a caminho da licenciatura”, de Maristela Zamoner, única edição até agora, datando de 2005;

·         Constatou-se que a maioria dos trabalhos científicos produzidos na área da dança de salão não contam com nenhum livro de Dança de Salão em suas referências bibliográficas, o que sugere possível carência de embasamento teórico dos autores ou de títulos;

·         São utilizados, como referências bibliográficas, textos de dança esportiva, danças de outras modalidades e estrangeiros, o que sugere ainda possível desconhecimento das distintas conceituações nacionais de dança de salão, bem como das peculiaridades brasileiras. Esta constatação revela que a conceituação de dança de salão ainda é confusa na literatura;

·         É importante que os pesquisadores apropriem-se e valorizem os conteúdos dos livros e textos de cunho científico brasileiros para que a pesquisa nacional solidifique-se com base em fontes compatíveis com a natureza do objeto de estudo;

·         A falta de conhecimento do embasamento teórico apropriado pode resultar em produtos científicos de dança de salão passíveis de distorções, por fundamentarem-se em fontes que não condizem com a realidade brasileira e técnica desta arte.

 

Confira em: http://www.efdeportes.com/efd171/danca-de-salao-na-producao-cientifica.htm

 

Os resultados desta pesquisa despertaram-me o desejo de investigar as características históricas da Dança de Salão que são importantes para que uma definição exclusiva seja construída e comparada com conceitos a serem propostos para as danças que com ela são confundidas.

 

Esta pesquisa está em fase de revisão e logo deve ser publicada.

17 de julho de 2012

Novo artigo na Revista Dança em Pauta: “A dança do albatroz”

Hoje, 17 de julho de 2012, a Revista Dança em Pauta publicou um artigo que mostra o lado masculino do poder transformador da dança de salão.


Confira em: http://www.dancaempauta.com.br/site/artigo/a-danca-do-albatroz/

 

9 de julho de 2012

Pós-graduação em Dança de Salão contribui em tese de doutorado

Este ano, RODRIGO LUIZ VECCHI torna pública sua tese de doutorado intitulada “O ensino da Dança de Salão pautado na teoria do “Teaching for Understanding””, desenvolvida no programa de Doutorado em Educação Física da Universidade São Judas Tadeu.

O trabalho, orientado pela Dra. Vilma Leni Nista Piccolo, traz discussões envolvendo a literatura atual no que tange ao ensino e pesquisa em Dança de Salão. É uma das raras teses na área, portanto, sua leitura é obrigatória para quem ensina e pesquisa.

Surpreende positivamente o fato de que o autor fundamentou-se em artigos científicos derivados da pós-graduação lato sensu na área de Dança de Salão da Faculdade Metropolitana de Curitiba, FAMEC, coordenada por Gracinha Araújo. Alguns que, poucos meses após publicados, já se estabeleciam como referências para outros trabalhos acadêmicos e artigos, como:

·         ZAMONER, M. Dança de Salão e publicações em eventos científicos, um recorte. Revista Digital, Buenos Aires, ano 15, n. 152, 2011.
·         ZAMONER, M. Dança de Salão: uma análise dos registros de livros na Fundação Biblioteca Nacional. Revista Digital, Buenos Aires, ano 15, n. 151, 2010.

Estes 2 (dois) artigos científicos fazem parte de um conjunto de 5 (cinco), que foram produzidos a partir de uma das monografias defendidas na referida pós-graduação da FAMEC. O autor fundamentou-se ainda em mais um trabalho, também relacionado a esta pós:

·         ZAMONER, M. Especialização em dança de salão (Faculdade Metropolitana de Curitiba – FAMEC): análise das apresentações de monografias da primeira turma.  Movimento & Percepção, Espírito Santo do Pinhal, v. 8, n. 11, 2007b. 207

Interessante notar que ainda outras quatro referências da mesma autora foram utilizadas pelo autor.

Nota-se, por esta e outras produções que, dia após dia, as pesquisas em Dança de Salão vêm se aprofundando, as literaturas consolidam-se e o campo do conhecimento se solidifica.

Nesta caminhada, algumas iniciativas têm destaque positivo, uma delas é a Pós-graduação na área da Dança de Salão, coordenada por Gracinha Araújo.

Confira em:
http://www.usjt.br/biblioteca/mono_disser/mono_diss/2012/190.pdf

15 de junho de 2012

Dança de salão e educação formal em artigo científico

Desde 1998 venho pesquisando e publicando, em artigos e livros, questões sobre a dança de salão na educação formal, em aulas de educação física, como atividade transdisciplinar em outras disciplinas e na educação informal.

Em diferentes situações verifiquei e registrei que muitos benefícios podem ser obtidos por tais práticas, em especial ao envolver crianças, adolescentes e jovens em risco social.

Recentemente li um artigo científico que rediscute estes aspectos a partir de uma amostra de educandos do ensino privado, concluindo que “os alunos estão motivados com a prática de dança de salão na escola havendo diferenças entre o gênero, o tempo de prática e a frequência nos eventos. Diante disto sugere-se a criação de propostas metodológicas condizentes com os principais motivos dos alunos nas aulas de dança de salão dentro do ambiente da Educação Física escolar.”

O artigo, de autoria de Rodrigo Massami Shibukawa, Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães e Zênite Machado da Universidade do Estado de Santa Catarina e Amanda Soares da Universidade Federal de Santa Catarina, foi publicado pela Revista Brasileira de Educação Física e Esporte da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFEUSP). O periódico é trimestral, dedicado a artigos originais resultantes de pesquisas científicas realizadas em diferentes níveis de análise, enfocando movimento humano relacionado à Educação Física e Esporte, abrangendo ainda a Pedagogia do Movimento e Treinamento Esportivo.  A revista tem como fontes de indexação: Lilacs; Sports Discus; Portal de Revistas da USP, Scielo e é qualificada pela Capes do Brasil.

O trabalho é muito bem escrito e conduzido, trazendo referências já tradicionais para dança de salão como:

ABREU, E.V.; PEREIRA, L.T.Z.; KESSLER, E.J. Timidez e motivação em indivíduos praticantes de dança de salão. Revista Conexões, Campinas, v.6, 2008. Número especial.

ALMEIDA, C.M. Um olhar sobre a prática da dança de salão. Movimento & Percepção, Espírito Santo do Pinhal, v.5, n.6, p.129-34, 2005.

D’AQUINO, R.; GUIMARÃES, A.C.A.; SIMAS, J.P.N. Dança de salão: motivos dos indivíduos que procuram esta atividade. Lecturas, Educación Física y Deportes: Revista Digital, Buenos Aires, v.10, n.88, 2005.

FREITAS, G.A. Motivos de condução, permanência e abandono de adultos praticantes de dança de salão da cidade de Florianópolis. 2007. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ed. Física) - Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2007.

GOOBBO, D.E. A dança de salão como qualidade de vida para a terceira idade. Revista Eletrônica de Educação Física UniAndrade, Curitiba, a.1, v.2, 2005.

PERNA, M.A. Samba de gafieira: a história da dança de salão brasileira. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2005.

STRAZZACAPPA, M. A educação e a fabrica de corpos: dança na escola. Caderno Cedes, Campinas, v.21, n.53, 2001.

VOLP, C.M.; DEUTSCH, S.; SCHWARTZ, G.M. Por que dançar? um estudo comparativo. Motriz, Rio Claro, v.1, n.1, 1995.

ZAMONER, M. Prática e ensino de dança de salão, comportamento sexual e drogadição: confusões e preconceitos. Lecturas, Educación Física y Deportes: Revista Digital, Buenos Aires, v.12, n.107, 2007.

ZANIBONI, L.; CARVALHO, G. A. Dança de salão: uma possibilidade de linguagem. Revista Conexões, Campinas, v.5, n.1, p.86-102, 2007.

No artigo de minha autoria trago uma pesquisa feita entre acadêmicos curitibanos visando verificar sua percepção sobre a prática da dança de salão, concluindo que: mais da metade dos entrevistados não vê conexão entre dança de salão e sexo, mas admite que a atividade pode revigorar sexualmente um casamento; muitos entendem que a atividade é compatível com usuários de drogas lícitas; a maioria acha desnecessária a educação formal dos docentes. Os resultados indicaram que existem percepções confusas e preconceitos em relação à dança de salão. Embora eu tenha publicado artigos e livros trazendo mais especificamente a questão da dança de salão na educação formal e informal, este foi o artigo escolhido como referência para a publicação em questão.

É gratificante ver que até publicações como esta contribuem para solidificação da certeza de que a dança de salão tem um papel importante a ser desempenhado na educação formal.

Confira o artigo na íntegra em: http://www.scielo.br/pdf/rbefe/v25n1/03.pdf.

29 de maio de 2012

Tese de doutorado referencia o livro “Sexo e Dança de Salão”

MARIA INÊS GALVÃO SOUZA, concluiu seu doutorado em Artes Cênicas na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro com a tese intitulada “Espaços de dança de salão no cenário urbano da cidade do Rio de Janeiro: tradição e inovação na cena contemporânea”.

Segundo a autora, a pesquisa objetivou “discutir o universo simbólico dos espaços de dança de salão a partir de uma análise das representações dos conceitos de tradição e inovação expressos nos discursos dos atores sociais dos bailes, bem como dos atores privilegiados, ou seja, aqueles considerados pelo próprio campo como os principais sujeitos do movimento de formação e disseminação da dança de salão” (grifo meu).

Já na Introdução, página 23 a autora registra 3 publicações interessantes:

“O estudo que se aproxima um pouco da presente pesquisa, intitulado Prática e ensino de dança de salão, comportamento social e drogadição: confusões e preconceitos investigou a representação da dança de salão no meio acadêmico de Curitiba. A autora Maristela Zamoner, mestre em ciências biológicas pela Universidade Federal do Paraná, identificou que no grupo de acadêmicos curitibanos existem percepções confusas e preconceitos em relação à dança de salão. Zamoner publicou também um livro chamado Sexo e dança de salão (Editora Protexto, 2007) identificando outros preconceitos que relacionam sexo a dança de salão. A autora escreveu também um artigo publicado na revista digital Lecturas: Educación Física y Deportes que relaciona a dança de salão à educação ambiental.

Gradativamente a dança de salão vem se solidificando no ambiente acadêmico de forma séria.

Parabéns à autora pela pesquisa.

Confira em: http://dasartesdocorpo.files.wordpress.com/2011/10/tese-espacosdedancadesalaonocenario.pdf

22 de maio de 2012

Aumenta o número de citações de artigos científicos sobre dança de salão

Houve um tempo em que era raro um trabalho científico trazer em sua bibliografia títulos específicos sobre dança de salão. Gradativamente este quadro vem mudando. Um exemplo pode ser notado este ano, na Motriz Revista de Educação Física pelo artigo científico:

A influência da dança de salão na percepção corporal”

São autores Cristiane Costa Fonseca, Rodrigo Luiz Vecchi e Eliane Florencio Gama. A revista está indexada pela Scielo e é qualificada pela Capes do Brasil.

A pesquisa foi bibliográfica descritiva de abordagem qualitativa e referencia 14 bibliografias que trazem o unitermo "dança de salão" em seu título, incluindo:

ZAMONER, M. Prática e ensino de dança de salão, comportamento sexual e drogadição: confusões e preconceitos. Revista Digital, Buenos Aires, ano 12, nº 107, 2007a. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd107/pratica-e-ensino-de-danca-de-salao-comportamento-sexual-e-drogadicao.htm>. Acesso em: 04 abr. 2010.

ZAMONER, M. Especialização em dança de salão (faculdade metropolitana de Curitiba - FAMEC): análise das apresentações de monografias da primeira turma. Movimento & Percepção, Espírito Santo do Pinhal, v. 8, nº 11, 2007b. Disponível em: <http://189.20.243.4/movimentopercepcao/include/gltdoc.php?id=403&article=130&mode=pdf >. Acesso em: 04 abr.2010.

ZAMONER, M. Educação ambiental e educação em saúde na dança de salão para melhor idade: uma experiência na Paraíba. Revista Digital, Buenos Aires, ano 12, nº 109, 2007c. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd109/danca-de-salao-para-melhor-idade.htm>. Acesso em: 04 abr.2010.

Parabéns aos autores que demonstraram pesquisar seriamente a dança de salão como tal.

Confira em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1980-65742012000100020&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

Livro "Dança de salão, a caminho da licenciatura" é sugerido em edital de concurso público



Este ano, 2012, o município paranaense de Castro abriu concurso o público e uma das vagas destina-se a preencher o cargo de "Monitor para oficinas culturais e pedagógicas - Danças Folclóricas, Danças Regionais e Danças Gauchescas". O conteúdo específico abrange:

Concepções de aprendizagem.
Concepções de avaliação.
Concepção de ensino.
Atividades globais de expressão aplicados na dança.
História da dança da pré-história aos dias atuais.
História da dança no Brasil.
Atividades globais de expressão.
Metodologia para atividades de dança aplicadas a educação.
Dança e cultura popular - história.
Dança e cultura popular aplicada a educação.
Estilos de dança.
Danças Folclóricas.
Danças Regionais.
Danças Gauchescas.

No edital foram sugeridos 10 livros como bibliografia. Apenas um especificamente sobre dança de salão: "Dança de salão, a caminho da licenciatura", de Maristela Zamoner, publicado pela Editora Protexto em 2005.

Felizmente esta arte começa a ganhar espaço oficialmente em editais de concursos públicos.

16 de maio de 2012

A incrível história do Baila Floripa virou livro

O Baila Floripa é um dos eventos nacionais mais importantes para a dança de salão. A cada nova edição movimenta uma quantidade significativa de profissionais, alunos e amantes desta arte. Tem uma história que merece mesmo ser escrita e apreciada. Este é o presente que Alexandre Melo nos traz em seu livro: “Baila Floripa – No Cenário da Dança de Salão Brasileira”. Um homem inteligente, de diálogo seguro e cuja discrição não revela a magnitude do próprio trabalho como coordenador das primeiras edições do Baila Floripa.

A publicação de um livro de dança de salão sempre é algo a ser comemorado, afinal, o universo de títulos tem aumentado, mas, ainda é restrito. Um livro que conta uma história tão consistente, é mais raro ainda. Deixo aqui meus parabéns ao Alexandre, por esta importante produção.

15 de maio de 2012

Novo artigo revela a metamorfose feminina na dança de salão

No último dia 7 de maio a Revista Dança em Pauta trouxe um artigo que mostra um pouquinho do que a dança de salão pode fazer pelas mulheres, revela parte de seu poder transformador. Confira em: http://www.dancaempauta.com.br/site/artigo/o-poder-da-metamorfose-feminina-na-danca-de-salao/

30 de março de 2012

Dança de Salão e lazer na sociedade contemporânea

No ano passado, Tiago Tonial defendeu sua dissertação pelo Programa Interdisciplinar de Pós-graduação, na modalidade de Mestrado em Lazer da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais. Escreveu um belíssimo trabalho, intitulado: "DANÇA DE SALÃO E LAZER NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: um estudo sobre academias de Belo Horizonte". São 164 páginas de excelente conteúdo, produzido a partir de boas fontes bibliográficas e consistente pesquisa de campo.

Tiago nos brinda com provocações importantes, capazes de romper paradigmas e fomentar a abertura para pensamentos inovadores. Um bom exemplo, lê-se na frase:

"A própria idéia de condução é algo questionável na dança de salão"

O trabalho discute ainda vários conteúdos do livro "Sexo e Dança de Salão", que publiquei em 2007, aprofundando questões relevantes sobre este tema que tão poucos têm coragem de discutir. É gratificante ler frases como:

"Acredita-se aqui que Zamoner oferece progressos no entendimento de dança de salão"

Parabéns ao Tiago, pela garra e coragem na escolha dos assuntos difíceis e polêmicos que trouxe a tona. Parabens ainda pela defesa, concluir um mestrado, sempre, é uma grande vitória.

Vale a pena conferir:

http://opus.grude.ufmg.br/opus/opusanexos.nsf/401ea73efc01934f83256c13006ab709/c2003978dcd7acfc832579280057b699/$FILE/DAN%C3%87A%20DE%20SAL%C3%83O%20E%20LAZER%20NA%20SOCIEDADE%20CONTEMPOR%C3%82NEA.pdf

2 de março de 2012

Maslow, necessidades humanas e a dança de salão

O último artigo que publiquei na Revista Dança em Pauta discute, novamente, a questão das necessidades humanas e suas relações com a dança de salão. Porém, desta vez, trago o assunto fundamentado pelo trabalho de Maslow. Assim, podemos entender com um pouco mais de profundidade cenas que vemos nos salões espalhados pelo Brasil de dançarinos que mostram intensa necessidade de atrair a atenção sobre si.

Disponível em: http://www.dancaempauta.com.br/site/artigo/danca-de-salao-e-o-apice-da-autorrealizacao/