5 de agosto de 2016

Felipe Neri de Almeida, mestre de dança no Rio de Janeiro - ano de 1768

Em 1768 chega ao Brasil, no Rio de Janeiro, o mestre de dança Felipe Neri de Almeida,  com apenas 22 anos de idade. 

Em algumas fontes consta ter vindo de Lisboa, entretanto, em uma genealogia de família encontrei informações sobre Felipe Neri de Almeida segundo as quais ele teria nascido em Cunha, São Paulo, no ano de 1743, o que se aproxima da possibilidade de ter chegado ao Rio de Janeiro próximo aos 22 anos, talvez com 25 anos, no ano de 1768 em que sua mãe faleceu na cidade de Cunha.

O batizado de Neri consta ter ocorrido em 12 de maio de 1743 na Igreja Matriz de Cunha. Foi o sexto de dez filhos do casamento datado de 1733, ou 1734, entre Nicolau Monteiro da Silva (1710, Albufeira, Distrito de Faro, Algrave, Portugal - 1757, Cunha, São Paulo) e Florência da Silva Bicudo (1719, Cunha, São Paulo - 1768, Cunha, São Paulo).

Em 17 de outubro de 1793 o Marques de Pontes de Lima, presidente do Real Erário da Capitania de Minas Gerais, ordena que seja feito pagamento ao Padre Felipe Néri de Almeida, referente a serviços como vigário na Freguesia de São José da Barra Longa.


No século XVIII havia também no Rio vários profissionais de artes cênicas, entre eles, em 1794, um dançarino de nome Antônio da Cunha e em 1775 outro profissional de nome Manoel Luiz Ferreira atuava como empresário, músico e bailarino.

Gradativamente mais fontes documentais vêm sendo disponibilizadas, permitindo a ampliação dos conhecimentos sobre a história da dança de salão no Brasil!


Fontes:

http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/acervo/fundos_colecoes/SC/INVENTARIO_DO_FUNDO_SECRETARIA_DE_GOVERNO_DA_CAPITANIA_SG.pdf
Cavalcanti, Nireu O (2003). O Rio de Janeiro setecentista: A vida e a construção da cidade da invasão francesa até a chegada da Corte (Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda).
De Oliveira Veloso, A História de Cunha, 2010, pp 229; Ortman, Genealogia Guaratiguetaense, Anu. Genea. Latino, V4, 1952, pp 397; Marcondes de Moura, Os Galvão de França, v2, 1972, pp 572
http://www.marcelobarbio.net.br/pafg522.htm

4 de agosto de 2016

Mestre de dança Pedro Maria Colonna pede ao governador do reino para vir ao Brasil em 1809

A digitalização de documentos vem favorecendo as pesquisas, mas ocorre também ao seu tempo. Pedro Maria Colonna solicita ao príncipe regente D. João, em 1809, para ter seus ordenados de 1808 pagos e vir ao Brasil. Há nova solicitação em 1810, desta vez ao governador do reino D. Miguel Pereira Forjaz Coutinho na Fragata Carlota. É possível cogitar que seu pedido de 1809 foi rejeitado e o de 1810 também, pois não há indícios de que tenha aportado no Rio de Janeiro à bordo da Fragata Carlota.

O que foi possível levantar é que seu nome "Pedro Maria Colona" consta no periódico brasileiro O Patriota, no ano de 1813, em uma lista de "Subscritores á segunda Assignatura de Patriota".

O nome Pietro Colonna (175?-181?) consta em fontes portuguesas como mestre de dança com atuação para a corte da rainha em datas mais remotas, como dançarino em 1767 e como mestre de dança do príncipe em 1775. Em 1780 passou a coreógrafo da corte. Provavelmente, veio de Gênova, na Itália, seu país de origem.

Esperamos ter acesso no futuro a documentos que contarão mais alguns capítulos sobre esta parte da história da dança de salão no Brasil...





Outra questão interessante sobre Colonna é trazida no livro abaixo:



O que se pode entender é que Pedro Maria Colonna, ou Pietro Colonna, era o mestre de dança da família Real no Brasil em 1813...




Fontes:

  • Brito, Manuel Carlos de. Opera in Portugal in the Eighteenth Century. Cambridge University Press, 2007
  • Pinheiro, Ligia Ravenna. YES, VIRGINIA, ANOTHER BALLO TRAGICO: THE NATIONAL LIBRARY OF PORTUGAL’S BALLET D’ACTION LIBRETTI FROM THE FIRST HALF OF THE NINETEENTH CENTURY. Dissertação. Program in Dance Studies The Ohio State University, 2015.
  • http://www.italianopera.org/compositori/M/c219534.htm



2 de agosto de 2016

Livro: FIGURAÇÕES DO RITMO: Da Sala de Cinema ao Salão de Baile

Livro: FIGURAÇÕES DO RITMO: Da Sala de Cinema ao Salão de Baile

Entre meados dos anos 1930 e meados dos anos 1950, uma nova centralidade redesenhou a fisionomia urbana de São Paulo, através de um crescimento demográfico vertiginoso, dando à cidade traços de uma grande metrópole e consolidando-a como maior centro industrial da América Latina. Para estudar este período, Francisco Rocha elege como tema central de sua obra a importância dos salões de baile e das salas de cinema nesse desenvolvimento urbano, expondo a influência do jazz americano na formação de grupos de música que animavam bailes e boates na capital paulista e tocavam nas emissoras de rádio e a partir de 1950 na televisão, como as orquestras de Georges Henry, Osmar Milani, Sylvio Mazuca, Luiz Arruda Paes e Zezinho da TV. Sobre o cinema, aborda como seu advento em São Paulo promoveu essa nova centralidade, baseada na expansão do centro, e simbolizou a invenção da São Paulo moderna. 

Fonte do texto: http://www.edusp.com.br/detlivro.asp?id=413070



Autor: Francisco Rocha
ISBN 10: 85-314-1307-9
ISBN 13: 978-85-314-1307-0
Formato: 15,5x22,5 cm
Nº de Páginas: 312 pp.
Peso: 470 g


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