19 de julho de 2015

Lição da noite: O Tango nasceu para unir


Da esquerda para a direita: Eduardo Silva, Ana Joslan, Vania Andreassi, Gustavo Cobellache, Marcos Ortega, Aline Cerri, Anna Martinelli, Jorge Aquino, Daniel Berton, Gabriela Lopes, Tobias Mendes Yassuda e Maria Regina Monticelli

Que noite maravilhosa... dia 18 de julho de 2015! Que tenha sido a primeira de muitas!

Marcada pela leveza, generosidade e inteligência de pessoas que atingiram a maturidade de entender a missão do Tango no mundo!

Não importa se as técnicas tem origens múltiplas, se as pessoas vêm de distintas escolas, se seus professores trazem idiossincrasias históricas, ou se as filosofias sobre salão e cenário encerrem contrastes colossais. Todas as formas de pensar, sentir e viver Tango guardam o mesmo ideal, compartilhar, aprender a respeitar e conviver em harmonia.

Tango é uma forma de paz entre humanos.

Parabéns à Dance Sempre pela iniciativa de abrir as portas de sua casa para a diversidade.
Parabéns Maria Regina pela presença sempre encantadora no palco e pela anfitriã ímpar, tão acolhedora que é!
Parabéns à Vania Andreassi por proporcionar a todos uma pitada hermética dos mistérios próprios do salão e do mundo sonoro do Tango ... Tandas de arrepiar! Tandas que se misturaram ao sangue...

E parabéns a todos os pares e escolas que tiveram a coragem de participar desta desbravadora iniciativa, nos brindando de maneira tão desprendida e pura com sua marca própria de pensar e fazer Tango...

Já é tempo de entender e assimilar as preciosidades da biodiversidade cultural!

Foi, para a história do Tango em Curitiba, uma das maiores lições.

O Tango não veio para segregar, para dizer "sim" para uns e "não" para outros, veio para aproximar sem separatismos, unir e brilhar como revelador máximo de civilidade!

17 de julho de 2015

Ricardo Blanco, que dança inesquecível!



Eu sabia tantas coisas sobre a dança, mas não sabia que poderia através dela viajar no tempo. É, viajar no tempo, voltar uns 20 anos...

Então, era uma sexta feira e ao final da tarde fui até um local onde ocorria um evento para professores universitários, rever um ex aluno de dança de uns 17, 18 anos passados, que eu não via há uns 10 anos. Ele mora fora da cidade, me avisou que viria para Curitiba e lá fui eu para revê-lo. Meu marido me acompanhou e quando nos revimos foi como se não tivesse passado tempo algum, nós três ficamos ali conversando um pouco enquanto o evento ia encerrando, conhecemos algumas pessoas e... então, com um samba tocando ao fundo me convidou para uma dança.

Desde que migrei para o universo do Tango, o samba ficou sumido, cheguei achar até que estava morto ou danificado. Mas ele tinha ficado guardadinho em algum lugar bem seguro, saiu o primeiro passo, o segundo, terceiro e a dança foi acontecendo completa, redondinha, uma condução deliciosamente leve... familiar... e começou a correr algo nas veias... algo de bom e conhecido que eu nem lembrava o que era, mas depois de mais uns passos reconheci: juventude. 

Eu estava lá de novo, lá no passado, uns 20 anos atrás, que sensação maravilhosa, tantas coisas eu sabia sobre a dança, mas por esta eu não esperava, esta, nem imaginava... eu estava ali e era uma menina de novo!

Ricardo Blanco, obrigada por esta dança, e por trilhar uma caminhada que me deixa sempre tão orgulhosa de você!