25 de janeiro de 2013

Quantos pesquisadores são necessários em uma publicação?

Tenho notado um crescente abuso de autores em artigos científicos, inclusive na área da Dança de Salão.

Muitas vezes, pesquisas simples, visivelmente factíveis por um único pesquisador, apresentam como autores, seis, sete, oito ou mais pesquisadores. É fato que estabeleceu-se um "mercado" acadêmico em que contam-se pontos para cada trabalho que um pesquisador tem, criando-se uma espécie valor quantitativo para a produção acadêmica. Assim, pesquisadores trocam favores, colocando em seus artigos nomes de colegas que, em troca, retribuem o mesmo favor. Isto permite que todos aumentem suas pontuações, o que, geralmente, significa possibilidade de mais recursos, não raro, públicos. 

Mas, é preciso lembrar que este tipo de negociata é uma enganação, é mentira científica. Então, percebo que a pergunta ao título desta postagem pode ser sabiamente substituída por outra: "Quantos pesquisadores são desnecessários em uma publicação?

Valorizo particularmente quem tem coragem de publicar seus artigos sozinho (raridade atualmente) e também sabe trabalhar em equipe, publicando com um ou outro colega que de fato participou da pesquisa. 

Vejo que é tempo de questionar os cabides de autoria que estão se proliferando, da mesma forma que é preciso questionar a ética desta conduta.

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