"Reconheceram-se, nesta pesquisa, cinco nomes de profissionais que trabalharam produzindo, regendo, ensaiando ou ensinando danças que no século XVIII eram típicas de prática social. Identificou-se o nome de Francisco Mexia, um mulato, profissional que atuava em Minas Gerais e foi contratado em 1751 para produção de Contradanças. Foram identificados também quatro nomes de profissionais, alguns citados textualmente como professores que “regiam” e “ensaiavam” danças como Minuetos e Contradanças em 1790 no Mato Grosso: Joaquim Marianno da Costa, José Duarte do Rego, José Zeferino Monteiro de Mendonça e Francisco Dias Paes, este último, registrado textualmente como “mestre da dança”."
No ano seguinte, 2014, Nileide Souza Dourado torna pública sua tese de doutorado, intitulada "PRÁTICAS EDUCATIVAS CULTURAIS E ESCOLARIZAÇÃO NA CAPITANIA DE MATO GROSSO (1748-1822)", que finaliza sua pós graduação pelo Instituto de Educação - Universidade Federal do Mato Grosso. Esta tese é particularmente importante para a compreensão da História da Dança de Salão no Brasil porque amplia a quantidade de nomes de profissionais atuantes com Danças de Baile do século XVIII e aprofunda a natureza de sua atuação. Conforme a autora, mais um nome soma-se aos destes profissionais, Gabriel da Fonseca e Souza tivera destaque como ensaiador de danças na capitania do Mato Grosso, no ano de 1790. O nome de Francisco Dias Paes, já identificado anteriormente como atuante no mesmo ano, é apresentado pela pesquisadora compondo o elenco de “professores régios e mestres da capitania de Mato Grosso", constando como um paulista, de formação militar, que foi contratado pelo Estado português para trabalhar como “Mestre de dança” no ensino formal, ocupando a cadeira de "Danças Oficiais".
Certamente o tempo nos trará mais revelações sobre este passado fascinante!
Gostei do artigo.
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