16 de maio de 2013

Volume 4 da coletânea 200 anos de Dança de Salão no Brasil - Parte II

Continuando as apreciações sobre o Volume 4 da coletânea "200 anos de Dança de Salão no Brasil", organizada por Marco Antônio Perna e publicada pela Amaragão Edições de Periódicos do Rio de Janeiro, datado de 2012 (segundo a ficha catalográfica), comento brevemente os capítulos 4 e 5.

O capítulo 4, intitulado "Indícios de educação do corpo nos manuais de dança de salão", da autoria de Cristiane Oliveira Pisani Martini discute aspectos de dois manuais de dança de salão. O primeiro, "Novissimo e completo manual de dança", de Alvaro Dias Patrício, publicado em 1896 no Rio de Janeiro, pela Garnier livreiro-editor. A autora discute resumidamente aspectos interessantes do manual, incluindo a importância que a obra dá ao desenvolvimento físico e a educação global do indivíduo, uma vez que questões de etiqueta estão incluídas. O segundo intitula-se "Manual de dança. Methodo facil para aprender a dançar sem professor", publicado em São Paulo pela Typografia da Livraria Magalhães, sem data. Este é discutido de forma mais breve.

O manual de Alvaro Dias Patricio é disponibilizado na íntegra pela Biblioteca Digital Hispánica (http://bibliotecadigitalhispanica.bne.es), porém uma edição de 1890. A obra é bastante interessante, apresenta conteúdos sobre música, etiqueta e dança. Achei curioso incluir até mesmo as cinco posições da dança clássica. Ao final do livro há, ainda, um vocabulário para a dança. O segundo manual não foi localizado em meio digital na internet.

Folha de rosto do Manual de Dança de Alvaro Dias Patricio, 
disponibilizado pela Biblioteca Nacional da Espanha (Biblioteca Digital Hispánica)

O capítulo 5 também me pareceu bastante pertinente para a coletânea. Intitulado "A Dança do Brega", apresenta diversos dados históricos e fundamentações teóricas. Particularmente valiosa me pareceu a inserção de dados oriundos de entrevistas com pessoas como Maria Antonietta (2003), Mario Melo Cordeiro (2012), Roberto Cordeiro (2012), Marina Benarrós (2012) e Hamilton Borges (2012). Entrevistas são sempre fontes interessantes de se obter informações, especialmente em áreas do conhecimento que não são habitualmente registradas de forma sistematizada como é o caso da Dança de Salão.

Em postagens posteriores comentarei outros capítulos da obra.

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