9 de setembro de 2013

Oito Tempos, uma rara história de sucesso!

Lembro bem de alguns detalhes do princípio desta história de sucesso. Um começo desbravador, em uma cidade cheia de resistências e vícios de um passado repleto de nuances não tão coloridas na Dança de Salão.

Minha memória não deixa esquecer a garra de Cristiano Alcântara, colega de longa data e diferentes empreitadas, que viu muito além, soube refazer o conceito de "impossível" para a cidade e fez acontecer. Um jovem acima de tudo com sentimentos nobres, bons valores. Um dos momentos em que demonstrou isto foi quando minha família, há quase uns vinte anos, viveu alguns de seus primeiros dias mais pesados e precisou de doadores de sangue. Cristiano se mobilizou como poucos para ajudar, mesmo que isto tenha significado uma aventura de kilometros e kilometros trilhados com nossos carros cheios de doadores. Bons valores trazem bons resultados. Sem dúvida não esteve sozinho, soube cercar-se dos perfis mais acertados, a começar por seu irmão Giuliano. Assim, uma empreitada que saiu de uma ideia desacreditada por muitos, é hoje um império no meio da Dança de Salão.

Enquanto a maioria das empresas que abrem no Brasil fecham em menos de 5 anos, a Oito Tempos chega aos 10 anos com um crescimento notável, sete unidades em dois estados e planos para o futuro. Neste tempo muitas escolas abriram, fecharam e outras continuaram esforçando-se por mais de 10 anos para manter uma porta aberta em um bairro de Curitiba.

Um bom tema de pesquisa é a descoberta dos segredos deste sucesso. Mas, sem dúvida este grupo de pessoas brilhantes e verdadeiras soube se organizar. Houve inteligência desde o início para agregar pessoas competentes como professores, como dançarinos e como seres humanos. Pessoas empreendedoras, com garra, determinação, envolvidas com o estudo honesto da Dança de Salão e capazes de transpirar realização a cada movimento. Outra característica que vejo na Oito Tempos é de se estabelecer de forma acolhedora, sempre respeitando o que tem qualidade, mesmo que em outras linhas. Poucos tem esta capacidade.

Todos, temos a obrigação de reconhecer este precioso sucesso. Não é coincidência que neste grupo de vencedores existam pessoas como Cristovão Christianis e Sheila Santos, que exalam competências múltiplas. São capazes de criar coreografias lindas, trazer momentos de arrepio ao público, distribuir leveza amolecendo a rigidez de uma cidade que nunca foi fácil para nenhum empreendedor da arte. Não estão sozinhos e prefiro não me arriscar a citar todos que fazem parte desta linda caminhada, o risco de esquecer nomes importantes é grande, afinal, são muitos.

E não para por aí, estes dois últimos ícones tem outras competências que certamente fazem parte dos resultados de sucesso que alcançaram. Ambos escrevem com sabedoria e generosidade, chegando com suavidade em pontos perigosos, revelando astúcia na compreensão e articulação de conhecimentos, o que é possível com aguçada capacidade de leitura, outra raridade na Dança de Salão. Isto é fundamento, indispensável para que uma porta de sala em certa cidade provinciana se transforme em sete portas de muitas salas em dois estados.

O resultado só poderia ser este, de uma contribuição notável para Dança de Salão. Particularmente, deixo aqui minha homenagem aos três ícones desta empreitada, que conheço de uma forma um pouco mais aproximada, Cristiano, ser humano raro, pela iniciativa desbravadora e corajosa, Cristovão, brilha como coreógrafo, dançarino, professor e ainda é um parceiro de pesquisas e conselheiro importante sobre o estudo da Dança de Salão, Sheila, uma mulher inspiradora dos pés à cabeça. Sabem ir muito além da competência no palco e no salão. A vocês, meu reconhecimento e o registro de minha profunda admiração.

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