Fiz uma busca no Google com as palavras chave: escolas Dança de Salão Curitiba. Em seguida elenquei as dez primeiras escolas cujos sites foram indicados em links não patrocinados.
São elas na ordem em que aparecem:
- Dance Sempre
- Almir Lima
- Cido Arruda
- Carlinhos Moro e Katia Souza
- Flor de Lotus
- Sandra Ruthes
- Walmir Secchi
- Edson Carneiro
- Gestual
- Oito Tempos
Bolero | 10 |
Forró | 10 |
Salsa | 10 |
Samba | 10 |
Sertanejo | 10 |
Tango | 10 |
Zouk | 9 |
Soltinho | 7 |
Cha-cha-chá | 6 |
Valsa | 5 |
Merengue | 4 |
Dança gaúcha | 3 |
Rock | 3 |
West Coast | 2 |
Roda de cassino | 2 |
Milonga | 1 |
Lindy hop | 1 |
Lambada | 1 |
Discoteca | 1 |
Seis danças são oferecidas por todas as 10 escolas, provavelmente, por serem as mais procuradas: Bolero, Forró, Salsa, Samba, Sertanejo e Tango.
O que chama a atenção entre as danças mais procuradas é a denominada "Sertanejo", que não é encontrada na literatura como uma Dança de Salão. Ao retomarmos algumas definições percebemos algo curioso:
Dança de Salão – é a arte conservacionista que se universaliza em práticas sociais, não cênicas, nem esportivas, consistindo na interpretação improvisada da música através dos movimentos dos corpos de um casal independente, quando o cavalheiro conduz a dama.
Exemplos: Samba de Gafieira, Bolero Carioca, Tango, Lambada, Swing (Soltinho).
Dança Social – é a dança recreativa de prática social, não cênica, nem competitiva, sem natureza artística, desprovida de técnica elaborada ligada a sua origem, que se universaliza e consiste em movimentos dos corpos de um casal independente, sob a condução do cavalheiro.
Exemplo: Curinga.
Dança Popular – é uma manifestação cultural de um povo, mantida por prática social, passível de evolução, que não se universaliza, não é competitiva nem cênica. Não é dançada necessariamente com trajes típicos.
Exemplos: Cueca, no Chile, Frevo, no Brasil, ambas danças ainda praticadas; Waltzer, dançada popularmente por volta do século XV em algumas regiões como a periferia de Viena, era mais grosseira que a Valsa, entretanto, deu origem a ela quando adaptada para os salões aristocráticos.
Discoteca – é a dança em que não se formam pares enlaçados, cada indivíduo movimenta-se aleatoriamente, balançando o corpo, pode-se dançar sozinho, um de frente para o outro ou formando círculos de variados tamanhos. Segundo Perna (2005), consiste “em dançar separado da parceira, sacudindo e balançando, com rebolados e amplos movimentos, além de muitas caras e bocas”.
Exemplo: dança da discoteca.
Dança Tradicionalista Social - é dança preservacionista de prática social, não cênica, nem competitiva. Pode ser dançada socialmente com trajes típicos.
Exemplo: Danças Gaúchas disseminadas pelos CTGs.
Dança da Moda – dança que se universaliza por mecanismos midiáticos.
Exemplos: Macarena, Axé.
Fonte dos conceitos: “Conceitos e definição de Dança de Salão”. Revista Lecturas Educación Física y Deportes. Buenos Aires. Ano 17. Número 172. Setembro, 2012. Maristela Zamoner
Analisando estes dados notamos que o Sertanejo não se encaixa com precisão no conceito de Dança de Salão uma vez que não é uma arte conservacionista, ou seja, que evolui guardando qualidades técnicas que remontam a sua origem. É uma dança mais compatível com a definição de Dança Social ou talvez até de Dança da Moda. Outras danças elencadas também fogem da definição de Dança de Salão: Danças gaúchas e Discoteca.
Relembrando o artigo sobre o Soltinho, de Cristovão Christianis, notamos ainda que de fato as escolas não estão oferecendo esta dança em sua totalidade uma vez que apenas 7 delas o citam.
Assim, notamos que o público ainda não conhece bem o que é a Dança de Salão. Mas, o fato das escolas oferecerem o Sertanejo é positivo uma vez que atrai este público oportunizando a aproximação com a Dança de Salão e o contato com suas belezas e encantos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário