19 de novembro de 2013

G2 Cia de Dança (Teatro Guaíra) conta com Jomar Mesquita como coreógrafo

Esta semana o G2 Cia de Dança (grupo do Teatro Guaíra) traz para o Guairinha o espetáculo "Atrasos do Acaso", em cartaz do dia 21 ao dia 24 de novembro. 

O que chama a atenção, particularmente, é que os coreógrafos foram Jomar Mesquita (Mimulus - Minas Gerais) e Rodrigo Castro.

A Agência de Notícias do Paraná lembra que Jomar Mesquita é "Professor, coreógrafo, bailarino e diretor da Mimulus Escola de Dança desde 1990, e da Associação Cultural Mimulus desde 2000 (Belo Horizonte - Minas Gerais), onde desenvolveu uma linguagem própria e inovadora com a dança. Suas produções junto à Mimulus receberam inúmeras premiações e reconhecimento da crítica especializada. No Brasil seu trabalho já foi apresentado em mais de 80 cidades. No exterior foram inúmeras turnês em países como Estados Unidos, Canadá, França, Espanha, Inglaterra, Bélgica, Finlândia, Portugal, Itália, Argentina, Venezuela, Chile. Jomar já coreografou para a São Paulo Companhia de Dança, Balé Teatro Castro Alves, Bolshoi do Brasil, Sociedade Masculina, Companhia de Dança de Minas Gerais e Grupo Galpão, entre outras".

Como não poderia deixar de ser, o espetáculo promete, trazendo ao palco a inspiração da Dança de Salão sob o brilhantismo já provado de Jomar Mesquita.


Ingressos a R$ 10,00:

Loja Disk Ingressos Shopping Palladium: 
Horario: Segunda-Feira a Sexta-Feira: 11h às 23h 
Sábado: 10h às 22h 
Domingo: 14h às 20h 

Quiosque Shopping Estação 
Horário: Segunda- feira a sábado: 10h às 22h 
Domingo: 14h às 20h 

Quiosque Shopping Mueller 
Horário: Segunda- feira a sábado: 10h às 22h 
Domingo: 14h às 20h 

Call Center Disk Ingressos Receba em casa: 
(41) 3315-0808 
Horário: Segunda- feira a sábado: 9h às 21h 
Domingo: 9h às 18h 

Bilheteria Teatro Guaira Rua XV de Novembro 971 41 3304-7900 / 3304-7999 

INTERNET: Diskingressos

14 de novembro de 2013

Café Dançante Piegel, olhos que brilham!

Desde 2007 o Café Dançante Piegel oferece, especialmente às mulheres da cidade de Curitiba, momentos ímpares de descontração. A casa foi idealizada por Jeanne Piegel, cuja história de família é resultado de uma trajetória secular na delicada e doce arte da confeitaria.

Nos conta a proprietária, que houve uma procura pela casa para realização de casamentos e, naturalmente, surgiu a necessidade de um salão para execução da solicitada Valsa. Jeanne decidiu abrir um espaço para atender a esta demanda e a consequência lógica foi a utilização do salão também em outras ocasiões.

Nesta caminhada, a empresária percebeu que, salvo algumas exceções, existia em Curitiba um público negligenciado por escolas, professores de Dança de Salão e dançarinos: as mulheres maduras. De fato, em diversos eventos dançantes, é visível a quantidade maciça de escravos límbicos imaturos que dedicam-se apenas a meninas. Outros, concentram-se em dançarinas experientes, não raro, que vivem da dança. Intitulam-se cavalheiros mas, o que fazem é consolidar nestes ambientes uma lacuna de exclusão das mulheres maduras. E contraditoriamente, muitas delas vivem o melhor momento de suas vidas, aprenderam a se vestir, se maquiar, se perfumar, aprenderam a ser belas e são livres, independentes, donas de si, sabem muito bem o que querem e estão dispostas a buscar realização.

Jeanne teve percepção sobre este nicho e soube preenche-lo de forma pioneira na cidade, disponibilizando junto com o tradicionalíssimo café, instrutores de Dança de Salão. A partir deste início, a empresária corajosa que idealizou o Café Dançante Piegel passou a enfrentar, de forma desbravadora, os percalços de condutas provincianas e até, curiosamente, preconceituosas. Sob a lâmina do julgamento de alguns que se consideram sabedores maniqueístas dos meandros intrincados da Dança de Salão, a iniciativa, além de atender a um público diferenciado, oportunizou na cidade mais uma atividade profissional que é antiga no país, como registrou Milton Saldanha em 2002 no Jornal Dance de São Paulo.

Hoje, além de um delicioso café vespertino, estas clientes tem a oportunidade de se realizar na pista de dança com instrutores que estão ali para atende-las.

A ideia, embora extensamente disseminada, é polêmica também em outros estados brasileiros. Muitos professores e dançarinos, inclusive aqueles incapazes de convidar para dançar uma mulher madura em um baile, são severos com o conceito de um cavalheiro ser pago para dançar. Mas, quem um dia teve coragem de se despir de preconceitos não pode negar que esta iniciativa faz muitas mulheres felizes de forma absolutamente saudável e lícita. São vistos sorrisos leves graças ao trabalho dos instrutores que levam estas divas ao deleite do salão de danças. Não há razão para estas mulheres serem privadas também desta oportunidade em favor de quem profere discursos de ideologias que não as contemplam.

Jeanne ainda tem observado ao longo dos anos a preciosa valorização da auto estima de suas clientes, algumas, que desde a inauguração não perdem um evento da Piegel.

Independente das controvérsias em torno do pagamento para que alguém dance, o Café Dançante Piegel faz felizes muitas mulheres maravilhosas que tantos outros cavalheiros, simplesmente perderam.

É preciso ver a consistência do sorriso que só uma mulher madura pode ter, para perceber o valor da iniciativa desta empresária que enfrenta as dificuldades que forem para garantir a suas clientes a oportunidade de viver a delícia de uma dança com cavalheiros que sabem fazê-las brilhar na pista.

Neste último domingo pudemos apreciar mais uma vez as delícias do café e a visão única de uma pista de dança repleta de sorrisos soltos de tantas damas lindas. Agradecemos a Jeanne e ao Neuton pelo convite e pela forma atenciosa com que nos receberam em mais um dos seus eventos de sucesso indiscutível.

8 de novembro de 2013

Izabela Lucchese Gavioli e a coluna da dama no Zouk

Izabela Lucchese Gavioli sempre escreveu textos brilhantes na coluna Dança & Saúde da Revista Dança em Pauta

O último, “Zouk, cambré e dor na coluna”, é, sem dúvida, mais uma preciosidade.

Que o Zouk exige muito da coluna de uma dama, favorecendo lesões mais que outras danças não é exatamente uma novidade para praticantes desta arte que vivem na pele, ou melhor, na coluna, este problema.

Então, o que há de extraordinário neste artigo é a forma como Izabela explica os riscos, aborda prevenções e registra claramente o problema da atuação de profissionais sem formação na área. 

Izabela embasa-se cientificamente e é contundente, assumindo corajosamente a exposição de conteúdos como:

Em nosso entendimento, o zouk não é adequado para alunos com doenças de coluna como espondilolistese (deslizamento de vértebras), hérnias de disco e osteoporose, só para citar alguns exemplos. Alunos com grande volume abdominal também não devem praticá-lo, pois seu centro de massa estará grandemente deslocado; além de não ser seguro, comprometerá a correta execução dos movimentos.

O fato é que o Zouk, embora seja um entretenimento, não é uma brincadeira e pode acabar mal. Em 2005 publiquei no livro “Dança de Salão, a caminho da licenciatura”, meu próprio caso, em que acabei com uma hérnia de disco cervical durante um Zouk. Cheguei a ouvir o rompimento no momento em que ocorreu. Estas experiências, das quais não sou a única vítima, aliadas ao olhar preciso de profissionais atentos e responsáveis como Izabela, precisam ser disseminadas para que os novos na dança estejam mais protegidos do que nós estivemos quando iniciamos.

Parabéns mais uma vez a Izabela e à Dança em Pauta, por trazerem a baila, de forma fundamentada, um assunto tão relevante para a saúde da dama.

5 de novembro de 2013

Irmãos Lacombe, descobertas desconhecidas da literatura atual

A disponibilização de periódicos antigos para consultas digitais vem permitindo a descoberta de informações que por muitos anos ficaram totalmente desconhecidas dos estudiosos da Dança de Salão no Brasil. 

A série de publicações "História da Dança de Salão no Brasil" segue trazendo informações que por mais de um século ficaram dispersas em documentos sem organização capaz de trazer significados históricos. Ontem foi publicado o artigo da série dedicado aos irmãos Lacombe, que figuraram no cenário da Dança de Salão brasileira na primeira metade do século XIX.

A história dos quatro irmãos é pouco conhecida, havendo raras referências aos seus nomes, atuação, datas de nascimento, falecimento, vindas ao Brasil e atividades anteriores com dança na Europa. Até agora, nenhum artigo ou outro tipo de material bibliográfico foi publicado no Brasil sobre eles, trazendo dados obtidos por pesquisa sistematizada em periódicos publicados no século XIX, portanto, este artigo é pioneiro. A fonte principal foi o conjunto de todas as edições de 776 periódicos produzidos no século XIX, todos disponibilizados para consulta eletrônica pela Hemeroteca Digital Brasileira a partir de 2012.

As informações descobertas permitem uma compreensão fundamentada do papel que os irmãos Lacombe desempenharam na Dança de Salão do Rio de Janeiro, durante a primeira metade do século XIX.


São aguardadas para as próximas semanas outras publicações sobre a História da Dança de Salão no Brasil do século XIX.

Confira os artigos desta série, já publicados na íntegra, clicando em seus títulos: 

"História da Dança de Salão no Brasil do século XIX e os irmãos Lacombe"
"História da Dança de Salão no Brasil: São Paulo, SP do século XIX"
"História da Dança de Salão no Brasil: século XVIII e alguns antecedentes"